quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

It's a book


Um livro que ilustra bem a nova geração digital e que pode servir como motivação para uma aula.

21st century students, the “digital natives”

É um episódio comum - que acontece no mundo inteiro. Um adulto está com problemas no seu computador. Ele tenta resolvê-los, mas depois de várias tentativas, pede ajuda ao seu filho adolescente. Este demora a responder e vem vagarosamente, perguntando entre dentes: "O que se passa desta vez?" 
O pai, escondendo a ansiedade e a sua luta com a dependência da tecnologia, acalma-se e explica os problemas técnicos ao seu filho, que aparentemente parece ouvi-lo. Depois de alguns segundos, sem olhar para o seu pai, diz: "Deixa-me sentar." O pai levanta-se, sentindo-se mais humilhado do que zangado. O filho senta-se ao teclado e, em menos de três minutos - sob o olhar atento do seu pai, que não tira os olhos dos seus dedos que se movem rapidamente nas teclas - os problemas estão resolvidos. O filho levanta-se, e a caminho do seu quarto, diz: "Está resolvido."
Mas antes de chegar ao seu quarto, o pai implora:
"Como conseguiste?"
O filho olha com desprezo e diz:
"Não sei, mas arranjei. Não era o que querias?
"Sim, mas... podes explicar como o fizeste?
"Não. Deixa-me sentar e ver o que fiz."
O filho senta-se de novo e toma nota mental de todos os movimentos que realizou, repetindo o que fez da primeira vez. Ele explica, relutantemente, o que fez no computador. Satisfeito com a explicação, o pai, agora sorridente, agradece e sente-se cheio de orgulho das capacidades do filho, um verdadeiro "digital native".

Esta história, embora ficcionada, ilustra bem o que acontece em todas as casas e a relação da nova geração com a tecnologia e, consequentemente também a relação entre professor-aluno.
Enquanto que os "digital natives" sabem o que fazer com a tecnologia, muitas vezes não sabem explicar como o fazem, como vimos na história.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Sinais comuns das Dificuldades de Aprendizagem

As boas notícias são: os cientistas estão constantemente a aprender acerca das dificuldades de aprendizagem. As suas pesquisas vêm dar um novo rumo e esperança. Se pais, professores ou outros profissionais diagnosticarem cedo as dificuldades de aprendizagem de uma criança, esta pode desenvolver capacidades que a levam a uma vida de sucesso. Um estudo recente americano - National Institute of Health - mostrou que 67% dos jovens estudantes em risco de terem dificuldades de leitura, tornaram-se leitores dentro da média ou acima da média, depois de terem apoio em anos precoces. Os pais são normalmente os primeiros a perceberem que "algo não está bem".  Se tivermos consciência dos sinais das dificuldades de aprendizagem, seremos capazes de reconhecer precocemente esses problemas. Segue uma lista das características que podem ser apontadas como dificuldade de aprendizagem. A maior parte das pessoas irão observar, de tempos em tempos, um destes sinais nas suas crianças - o que é normal. No entanto, não será normal se muitas destas características persistirem ao longo do tempo - poderá então considerar-se uma dificuldade de aprendizagem.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Dificuldades de Aprendizagem Específicas - Specific Learning Disabilities


Segundo Luís de Miranda Correia, as Dificuldades de Aprendizagem Específicas "dizem respeito a uma problemática de origem neurológica e cognitiva que interfere com o processamento de informação (receção, integração, memória e expressão de infomação), caracterizando-se, em geral, por uma discrepância entre o potencial do aluno (aluno inteligente) e a sua realização escolar (académica e socioemocional), refletindo-se, assim, em termos educacionais, numa discapacidade ou impedimento para a aprendizagem da leitura, da escrita ou do cálculo, ou para a aquisição de aptidões sociais." (Dificuldades de aprendizagem específicas, Porto Editora)
Existem vários tipos de DAE como podemos ver neste video sobre "Specific Learning Disabilities"


A disnomia

A disnomia reflete-se numa dificuldade em nomear pessoas ou objetos, em produzir os conceitos adequados. A pessoa com disnomia é perfeitamente capaz de descrever o objeto e causa, mas não consegue lembrar-se do seu nome, mesmo quando se trata de objetos ou pessoas do seu quotidiano. Leiam mais sobre esta dificuldade no site:


Neste "Word Finding" web site profissionais, pais e alunos podem obter mais informação sobre esta "Procura da Palavra". Podem encontrar, além da definição e características, atividades de avaliação e intervenção, um link para realizar um curso online, um forum onde se podem trocar ideias, etc.
Este site foi criado por Dr.Diane German, a professor of Special Education at National-Louis University, Chicago IL.(http://nlu.nl.edu)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

A uma só voz na defesa da inclusão plena dos alunos com NEE

(...) Dos problemas mais graves que foram identificados por docentes, pais, direções das escolas e comunicação social destacamos alguns, que após dois meses do início do ano letivo, continuam a persistir: os alunos impedidos de irem à escola, falta de muitos docentes de EE; turmas incluindo alunos com NEE com mais de 20 alunos e/ou mais de 2 com NEE; alunos com NEE em turmas do 1ºCEB com 26 alunos e vários anos de escolaridade...A população escolar com NEE (segundo dados do MEC) é de 49.149 alunos, representando uma taxa de incidência de 2,7% (total de alunos em 2012: 1.798.805 alunos). Taxa muito abaixo do que é nacional e internacional recomendado: entre 8 a 10% da população escolar (...)
A FENPROF, APD e CNOD continuarão a defender a inclusão plena de todos os alunos com NEE junto dos seus pares. Inclusão essencial para o desenvolvimento e a formação pessoal de todos que se traduzirá no respeito por cada indivíduo.
Porque todos os alunos têm direito à igualdade de oportunidades, a FENPROF defende uma profunda reorganização do setor e considera inadiável a revisão da legislação da EE, incluindo a da intervenção precoce, no sentido de uma plena inclusão dos alunos com EE na Escola Pública. 
É obrigatório que seja dada a resposta adequada às necessidades educativas de todos os alunos que apresentam dificuldades, independentemente do seu grau, natureza ou tempo de duração, desde a Intervenção Precoce até ao Ensino Superior.
                                                                                    in Jornal da Fenprof, novembro 2013

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Iniciativas - Dia Internacional das pessoas com deficiência


  • Apresentação livro infantil - Apresentação do livro "Maria, a alegria na diferença", da autora Teresa Coutinho, na Madeira, às 14.30 horas. As receitas revertem para a Associação Sorriso da Rita.
  • Novo portal no Porto - A Câmara do Porto realiza hoje, no Teatro Campo Alegre, o seminário "Espaço Público para todos" e apresenta o portal do Sistema de Itinerários Acessíveis (SIA). O SIA está disponível em http://sia.cm-porto.pt e permite realizar duas tarefas simples – consultar um mapa da cidade e simular trajetos, dentro da zona mapeada, mostrando quais as dificuldades que irá encontrar pelo caminho, em termos de acessibilidade. Leiam mais sobre as vantagens deste novo portal em: Jornal Público online
  • Nos dias 3 e 4 de dezembro, o Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), I.P. e a Casa Pia de Lisboa, I.P. assinalam o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, no Centro Cultural de Belém - Sala Almada Negreiros, sob o lema "Quebrem barreiras, abram portas: por uma sociedade inclusiva para todos".
  • Em Matosinhos, ao lado da paragem do metro "Pedro Hispano", podemos apreciar esta obra de arte elaborada por pessoas com deficiência.
  • Dia Internacional da pessoa com deficiência

Deficientes sem "nada para festejar" organizam vigília

Assinala-se hoje o dia internacional das pessoas com deficiência, mas a Associação Portuguesa de Deficientes (APD) garante que não há nada para festejar. Pelo contrário, há muito a contestar. Por isso, organiza esta noite, entre as 19 e as 22 horas, uma vigília, junto à Assembleia da República, para protestar contra "as políticas que estrangulam a vida dos portugueses".
"As medidas de austeridade não afetam somente as pessoas com deficiência, mas pelas suas condições particulares, são estas que mais sentem os cortes nos vencimentos, pensões e apoios sociais", alega a APD, convocando todos os portugueses a aderirem ao projeto. A associação convoca os professores, porque está em causa a escola pública e a educação dos alunos com Necessidades Educativas Especiais; os trabalhadores com e sem deficiência, porque estão a ser vítimas de roubos nos seus salários; (....) A deterioração da qualidade de vida dos cidadãos deficientes é uma das preocupações do movimento (D)eficientes Indignados que hoje assinala a efeméride com a conferência Vida Independente - a nossa vida nas nossas mãos, a realizar no fórum Lisboa com a presença do fundador do movimento na Europa, Adolf Ratzka.
"Reinvidicamos uma questão fundamental que é a possibilidade de termos uma vida independente, mas o estado continua a apostar na institucionalização", lamentou, ao JN, Jorge Falcato, do movimento (D)eficientes Indignados, apontando um exemplo que ilustra bem a disparidade: "O Estado comparticipa o internamento num lar em 950 euros (pode chegar aos 1500 euros). Mas se o deficiente estiver a cargo da própria família o subsídio de apoio a 3.ª pessoa é de 88 euros por mês.
Jorge Falcato defende que o Estado deve permitir que cada pessoa escolha a melhor solução para si.
                                                                                                 In Jornal de Notícias, terça-feira 3/12/13